quarta-feira, 30 de março de 2011

Suspiro e devaneios... Amores lunáticos!



Um amor que nunca se vai...




Sempre que apareces assim, em teu esplendor pleno, em tua beleza radiante, sinto que fico ensandecida. Tento, em vão, desviar o meu olhar, mas algo em ti me hipnotiza e volto a te contemplar, extasiada.
 Sei que jamais serás minha, mas ainda assim sonho em ter-te só para mim. E faço de conta que não sei que derramas teu charme para todos, até mesmo para os que não te dão atenção. Apesar de tudo, não tenho ciúme. Eu me conformo, desde que eu sinta que, em meio à multidão de admiradores e apaixonados, tu me percebes.
 Tu sabes, como ninguém, cultivar essa aura de mistério - convidativa e distante ao mesmo tempo, por vezes, exibida ou tímida, sensual ou fria - o que te torna mais sedutora ainda.

 Faço de conta que não existes, mas ao primeiro sinal de tua aparição, todo o meu ser se altera. Pra ser sincera, já me dei conta que, desde a véspera, entro num estado de expectativa e excitação, como se a intuição colocasse todo o corpo em estado de alerta. Fico sensível, agitada, inundada de desejos.  Tento me esquecer de ti, dessa paixão impossível, mas logo descubro tratar-se, na realidade, de um amor incurável. 
 Às vezes me aborreço por teres um efeito tão intenso sobre mim, como se eu não conseguisse me controlar. “Quem ela pensa que é ?” 
E quando resolves brincar de esconde-esconde, fugindo de mim por detrás de árvores, prédios, nuvens ? ... Atiças meu desejo e reafirmas que és livre, segues teu próprio ciclo e que ninguém te controla. Que posso fazer ?
Quando vais embora sem me avisar, fico magoada, furiosa e indignada com tua falta de consideração... Mas já me acostumei a teus hábitos e aceitei as condições que estabeleceste para o nosso relacionamento. Que posso fazer ?
 
E quando assumes que és cheia de fases? Você me faz ter que aceitar suas condições e formas, mesmo eu prefira te ver mais brilhante, mais radiante e mais linda. Aliás, tu tens o brilho e a beleza que nunca encontrarei em qualquer outra mulher. Quando você se aproxima, eu te olho atentamente, mesmo que eu tenha que suportar  admirar sua beleza apenas de longe. Preciso me conformar todos os dias que nossa aproximação física é definitivamente impossível, principalmente agora, quando tudo que eu tenho é uma humilde vida diante de tua imortalidade. Muitas se vão, muitas me deixam e me aborrecem, mas você continua ali e sempre esteve. Parada, bela, me observando. Sinto sua presença, mesmo estando entre quatro paredes, sei que sua luz sempre estará refletida em todos os cômodos e no meu pensamento.
 Um amor diferente... Eloqüentemente feliz e fascinante. Chega de mansinho depois que o dia se vai, quente e, com as janelas abertas, me envolve de pronto, nesse seu lindo pranto e nesse seu coração.

Quando estás presente, tens o poder de arrastar todos os mares de dentro de minha alma. As marés de meu espírito enchem, transbordam, inundam as ruas.
 Sinto inveja daqueles que já se aproximaram de ti. Tenho muita curiosidade em sentir seu cheiro, tocar, entrar dentro de ti e lá permanecer. Saber como funciona cada parte de ti, cada linda parte de ti.
Mas somes, sem mandar notícias, me deixando aqui, sem vida, não me proporcionando mais aquele frio que sinto sempre que estás presente. 


E você, linda e radiante, me diz: 


" De dia, vou me mostrar de longe.


De noite, você me verá de perto"








Mas essa indignação desaparece assim que ergo os olhos e descubro que tu, Lua Cheia, estás a iluminar o céu da Terra e do meu coração também. 
Pena que você foi embora e demoras 28 dias para regressar e trazer de volta minha inspiração. 










Texto: Mari Âmbar










Inspirada na imagem da lua assim que ligo o PC... proteção de tela do computador de Paulinha. Vê se pode!
hahahahahaha =P